4 pilares para encontrar um amor

Hoje eu decidi que vou compartilhar algo muito importante com vocês sobre o amor.

Nos dias de hoje, existem diversas formas de amar, e quem acredita em relacionamentos a dois pode se sentir um pouco perdido e até desacreditado da possibilidade de construir um relacionamento do jeito que gosta. Para que um relacionamento funcione, as duas pessoas precisam ter os mesmos objetivos, comunicar-se bem e buscar evoluir.

Na minha visão, o principal pilar para escolher alguém para se relacionar é perceber se a pessoa tem gana e coragem para crescer a cada dia mais, se busca evoluir, mudar paradigmas e ser uma pessoa melhor.

Todos temos defeitos e nenhum relacionamento é perfeito, mas é importante ver que a pessoa tem coragem para mudar, que busca aprender, se autoconhecer, estudar e se aprofundar em si mesma.

Buscar isso na pessoa e aplicar em si mesma é o primeiro pilar que me ajudou a encontrar o amor da minha vida, e fará o mesmo por você. Busque pelo autoconhecimento e conheça sua sexualidade, cuide da sua saúde íntima e estabeleça limites.

Anos atrás, eu não era a mulher que sou hoje, autêntica, que conhece o próprio prazer, sabe estabelecer limites e é sagaz. Eu tinha uma saúde íntima frágil, muitas cólicas, candidíase, escape de xixi, muitas infecções urinárias e achava que essas coisas eram naturais para uma mulher.

Além disso, minha autoestima era baixa, eu me relacionava com pessoas nada a ver e buscava aprovação nos outros. Quando comecei a me conhecer melhor e conheci os estudos da saúde da mulher na faculdade de fisioterapia, descobri meu corpo, encontrei recursos para cuidar da minha saúde íntima e automaticamente aumentei minha autoestima.

Conectar-se com a região íntima

É o primeiro pilar para estabelecer limites em relacionamentos e lidar com a própria solidão. Muitas vezes, precisamos dizer não. Às vezes, mesmo que você ame muito a pessoa, precisa ir embora para que ela perceba que está te machucando. Conectar-se com a própria intuição é outro ponto importante dentro desse pilar.

Vejo muitos casos de mulheres que recebem sinais no início do relacionamento, mas ignoram. Não é sobre ir embora e não esperar a pessoa mudar, mas sim perceber se ela quer mudar, se mostra sinais de que te escuta e respeita. Quando nos conectamos com a região íntima, a intuição fica mais aflorada.

Parar de sair com várias pessoas ao mesmo tempo.

Primeiro, porque isso fazia com que eu me deparasse com gente nada a ver, que, no fundo, não estava nem aí para mim, só queria transar, e eu nunca fui dessa vibe de só querer transar.

Se eu tivesse com tesão e libido, eu prefiria mil vezes meu vibrador e minhas mãos do que sair com alguém que não iria ter construção, papo ou  crescimento. Inclusive, ao se deparar com pessoas que não te valorizam e te tratam como objeto, aos poucos, você mesma começa a ter essa percepção de desvalorização.

Então, o que comecei a fazer? Sair com pessoas que eu realmente queria, que eu realmente via brilho, porque, se aquele primeiro pilar estava firme, eu já não estava carentona, buscando afeto por todo lado, né?

Afeto eu posso encontrar com minhas amigas, meus amigos, minha família, meus pets, comigo mesma, e não preciso ficar transando com todo mundo para isso, mas é gostoso trocar com o outro, né?

Então, eu selecionava muito bem com quem eu saía e mantinha um tempo com aquela pessoa. Se ia virar namoro, eu não sei, porque não dependia só de mim, mas meu foco era construção, era crescimento, e eu sabia que eu não tinha controle sobre aquilo.

A verdade é que a gente precisa estar preparada para ir embora quando for necessário, mas isso não significa sair por aí com um monte de gente. Outra coisa que foi muito boa nesse ponto é que, no fundo, a alma da mulher busca por uma sexualidade sagrada, verdadeira, segura e presente.

Quando a gente passa a tentar se adequar à forma masculina – que, inclusive, eles aprenderam a objetificar todo mundo por aí –, não nos sentimos verdadeiramente nutridas. Tem coisa bem mais importante para a gente se preocupar do que com sexo, festa e bebedeira.

A vida vai além disso. Esse passo me fez ter uma percepção de valor sobre mim mesma muito grande, o quanto o tempo comigo, a conversa comigo, a sua presença na minha vida vale muito e como isso deve ser respeitado.

Então, eu lembro de escolher com quem eu queria sair, estabelecer meus limites nos primeiros encontros, ficar na minha sem desespero, sem colocar muita expectativa e cuidar do essencial: eu mesma, minha vida, minha sexualidade e a minha saúde íntima.

Você passa energeticamente e mentalmente para as pessoas ao seu redor a forma como você está por dentro. O mundo não é só aparência, o mundo é energia. Então, cuide de você, como uma flor que atrai os pássaros e as borboletas, mas que também sabe repelir aqueles que você não quer e que sua intuição alerta.

Cuidar das feridas emocionais e familiares

É fato que nos relacionamos com tudo e que o outro é um reflexo de quem somos. O outro é outro, mas pode refletir nossas dores, angústias e alegrias. Se não cuidarmos de nossas próprias feridas e da relação com nossa infância e familiares, podemos refletir isso em nossos relacionamentos. E, nesse caso, nenhum relacionamento realmente durará.

Não se trata de estar pronta, mas de estar disposta a olhar o que há de mais dolorido e profundo dentro de si mesma, porque o amor da sua vida irá aflorar isso. Muitos casais não dão certo porque não cuidam das suas próprias feridas emocionais e familiares.

Por isso, eu criei o primeiro pilar do meu método de autodescoberta, a árvore da sexualidade, que explora desde as raízes até a copa. Trabalho com ela nos meus cursos, atendimentos e vivências porque ela é a base de tudo, o pilar da sua vida.

Para sanar suas feridas, carências, cortar padrões de gerações de mulheres objetificadas e homens que traem e mentem, é importante cuidar da sua base: ancestralidade, cultura e crenças que se repetem há tempos. Esse é um pilar importante para começar a perceber hoje.

O relacionamento dos seus pais e daqueles que vieram antes de você podem influenciar muito a forma como você se vê e se relaciona. Como sua mãe te olhava e como ela se olhava pode interferir na sua imagem sobre si mesma, assim como a forma como seu pai vê o feminino e trata a mulher.

Morar sozinha

Antes de morar junto com Alison, eu pedi que ele morasse sozinho também. E quando digo sozinho, é realmente sozinho, apenas com você mesma!

Morar sozinha ajuda a acessar tudo o que falei até aqui, encarar, olhar e sentir. Você precisa se cuidar, sair do papel de menininha e assumir uma vida adulta, lidando com contas, gerenciando uma casa, cozinhando e se virando sozinha.

Dormir e acordar sozinha pode ser romântico e desafiador, mas ajuda muito a amadurecer. Eu e Alison fizemos algo importante juntos, que também recomendo a outras pessoas: morar em outra cidade, longe da família. Isso porque nossas famílias ativam nossos padrões infantis e, apesar de já sermos adultos, ainda nos olham como crianças e adolescentes, o que pode afetar o relacionamento.

Morar fora da casa dos pais, mesmo que juntos, em outra cidade, estado ou país, pode ajudar muito a fortalecer o relacionamento amoroso.

E aí, o que achou? Qual é a sua história?

Um beijo grande, minha sereia, e até a próxima semana.

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